Pesquisa na formação profissional mostra que os indivíduos, retém:
- 10% do que leem;
- 20% do que ouvem;
- 30% do que veem;
- 50% do que ouvem e usam;
- 70% do que eles dizem;
- 90% do que eles dizem e fazem.
Os percentuais apresentados acima desconheço a origem, mas não há como negar perante a experiência que podemos afirmar, sim, que é um fato. Pode não ser exatamente esses percentuais, pois quando estamos falando de pessoas a capacidade de retenção pode variar. Além disso, esse não é o foco do texto.
O texto está para o esclarecimento de que não há verdade absoluta (Desculpe o Pleonasmo [^2]: ).
Tomemos como exemplo uma parte do trabalho da Furlani – Educação continuada e consultoria.
Trabalhamos sempre com base no conhecimento acadêmico e prática, portanto não nos limitamos a dizer haver um único caminho a ser seguido.
Para contextualizar, trabalhamos com base no sistema Toyota de produção ou comumente chamado de Lean.
É fato que desde a publicação do livro “A máquina que mudou o mundo” houve uma tentativa de rotular o sistema Toyota de produção com 5 princípios e a eliminação sistemática de 7 categorias de desperdícios na cadeia de valor utilizando as ferramentas “Lean”.
Não é raro encontrar empresas bem intencionadas que querem “ser Lean” o problema é: como ser Lean?
Aí podemos afirmar que não existe uma receita de bolo pronta como muitos imaginam. O que existe são nortes muito bem fundamentados por especialistas e pelo maravilhoso mundo acadêmico. Nesse sentido, é fundamental que aqueles que querem tornar uma empresa enxuta, estude e faça uma análise crítica sobre o que está estudando e aplique na prática o que aprendeu. Há cursos que podem ser um bom motor de arranque para o início da jornada de eliminação de desperdícios. Lembrando que a Furlani dispõe esses cursos tanto na forma online como presenciais.
Além de cursar as disciplinas necessárias é necessário a pesquisa que pode ser feita de diversos modos, desde a compra de livros como pesquisas no Google acadêmico, YouTube, redes sociais e outros meios.
O sistema Toyota de produção está entre há muito tempo e continuam a aperfeiçoar como a Toyota faz as coisas, portanto não é possível copiar o sistema Toyota de produção, porque o sistema Toyota de produção pertence à Toyota. O sistema Toyota nos dá, uma base espetacular para uma empresa criar o seu próprio sistema de produção e por essa razão foi citado no início do texto os percentuais de retenção.
Taichi Ohno considerado o pai da produção enxuta, começou o trabalho de eliminação de desperdícios diretamente no Genba [^3]: ou Gemba como queira chamar o local onde é criado valor para o cliente final.
Imagine se no pós-guerra haviam clichês e empacotamentos de ferramentas para aplicação. Não, claro que não e foi assim, pondo a mão na massa que Ohno iniciou o que ele mesmo disse em seu livro publicado em 1997 com o título “O sistema Toyota de produção. Além da produção em larga escala”. [^1]:
Tudo o que estamos fazendo é olhar a linha do tempo do momento que o freguês nos entrega um pedido até o ponto em que recebemos o dinheiro. E estamos reduzindo essa linha do tempo removendo os desperdícios que não agregam valor.
Com base nessa premissa fica claro que não é um caminho fácil, muito pelo contrário é um caminho árduo que requer muita disciplina, resiliência, conhecimento, estudo, acertos e erros e esse último é um das formas que tanto a ciência quanto o sistema Toyota de produção adotam para chegar a uma conclusão. Não uma conclusão definitiva, mas uma conclusão aceitável e benéfica para todos e todos podemos afirmar a sociedade.
Experimente aplicar as premissas do sistema Toyota de produção em sua vida pessoal, você perceberá que eliminará uma série de desperdícios em sua cadeia de valor e será bem mais produtivo.
Mas lembre-se. Nada tem um fim.
Toda resposta é o início de uma nova pergunta.
Hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje. Isso é melhoria contínua.
[^1Ohno, Taiichi. O sistema Toyota de produção. Além da produção em larga escala. 1ª ed., Bookman, 1997.]
[^2Repetição de uma palavra ou conceito, sendo seu uso correto em casos cujo propósito é enfatizar ou intensificar o que está sendo dito: “chorar um pranto”.]
[^3https://pt.wikipedia.org/wiki/Genba]

Meu nome é Kleber Furlani sou formado em engenharia mecânica com pós graduação em gestão de projetos e processos organizacionais. Possuo mais de 30 anos em manufatura e mais de 20 anos em gestão Lean, gestão de processos e gestão do do conhecimento. Trabalho para que pessoas e empresas usufruam de todo potencial das técnicas da engenharia de produção.